Cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, descobriram células específicas no olho que podem levar a um novo procedimento para tratar e curar doenças oculares que causam cegueira.
O estudo mostrou que as chamadas células estromais do limbo corneano, retiradas da superfície frontal do olho tem propriedades de células-tronco e podem ser cultivada para criar células da retina.
A descoberta pode levar a novos tratamentos para doenças oculares como retinite pigmentosa ou degeneração macular relacionada à idade, causa comum de perda de visão em pessoas mais velhas e que vai afetar cerca de uma em cada três pessoas no Reino Unido com 70 anos.
Além disso, a pesquisa sugere que a utilização de células do limbo corneano seria benéfica em seres humanos, uma vez que iria evitar complicações com rejeição ou contaminação porque as células retiradas do olho são retornadas para o mesmo paciente.
“Este é um passo importante para a nossa investigação sobre a prevenção e tratamento de doenças oculares e cegueira. Fomos capazes de caracterizar as células estromais do limbo corneano que se encontram na superfície frontal do olho e identificar de qual camada da córnea elas vieram. Então vimos que essas células em cultura assumiram propriedades das células da retina”, explica o líder do estudo Andrew Lotery.
A equipe agora está investigando se estas células podem ser retiradas da parte frontal do olho e podem ser usadas para substituir células doentes na parte posterior do olho na retina. Se for bem sucedido, este método pode abrir novas formas de tratamento de pessoas com condições que podem causar cegueira.
Segundo os pesquisadores, esta é uma descoberta promissora já que o limbo corneano é uma das regiões mais acessíveis do olho humano e que representa 90% da espessura da parede da frente do olho. Portanto células podem ser facilmente obtidas a partir desta área com pouco risco para a visão. “No entanto são necessárias mais pesquisas para desenvolver esta abordagem, antes de ser utilizada em pacientes”, conclui Lotery.
Fonte: R7
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